Descanso

A cadeira de balanço

pendula pelo tempo

como se contasse os anos da morte do seu dono

Num rangido de súplicas

parecer chorar mágoas antigas

tão antigas quanto o chão tosco

que lhe fere

as dobras

As crianças percebem um velho de longas

barbas brancas

regendo-lhe o balançar

e se admiram

dos grandes anéis

saídos do cachimbo de fumaça…

Poema da Antologia Prêmio UNIFOR Literatura 2007

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